quarta-feira, 2 de março de 2011

Mamonas Assassinas, sim!

Lembro exatamente do dia em que voltei ao Brasil após um mês fora, e quando saí o que fazia sucesso nas rádios rock de SP eram principalmente Raimundos e "This is a call", do primeiro CD do Foo Fighters. Na chegada, logo de cara, no táxi do aeroporto pra casa, uma imitação tosca do Roberto Leal gritava "raios!" e iniciava uma engraçada música sobre uma tal suruba na qual quem se fodia era o portuga.

Eu nem podia imaginar o fenômeno que surgia ali. Em seu curto período de existência, os Mamonas Assassinas tornaram-se um default em rádios e TVs brasileiras, com seu besteirol inegavelmente engraçado, arranjos descontraídos e guitarras, como não, pesadas. Gente que não acabava mais em shows por todo o país, ingressos esgotados em pouquíssimo tempo pra ver aqueles palhaços causando em palco.

O que nem todo mundo nota é que os caras têm uma série de influências bacanas entregues em suas músicas - The Clash e Rush apenas pra citar duas mais óbvias - além de umas letras que, por trás de toda palhaçada, fazem muito mais sentido do que cantam os Restarts da vida hoje em dia.

Enfim, hoje faz 15 anos que o avião dos caras se estabacou na Serra da Cantareira, transformando todos em carne moída como muitos de nós pudemos conferir naquelas fotos "traficadas" em disquetes 3 1/4. Fica aqui minha homenagem a esses tontos que fizeram multidões rirem com suas músicas, chorarem com suas mortes e, legado importante, introduziram muita molecada recém-saída da Xuxa ao rock'n'roll.

RIP Dinho, Bento, Júlio, Samuel e Sérgio. Vocês eram foda, e hoje são #repeatmode.





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